SANTA RITA: UM RAMO QUE PRODUZIU FRUTOS
Pe. Eduardo Rodrigues
Mês de Maio é festa em nossa Paróquia. O motivo? A celebração da memória de Santa Rita de Cássia, nascida há 630 anos atrás, em 1381, na vilazinha de Roccaporena, da Província de Cássia, na Itália. Morrendo aos 76 anos, no dia 22 de Maio de 1457, Santa Rita é conhecida pelo povo como a Santa dos casos impossíveis, a Santa das rosas e do espinho. Mulher que, apesar de tantos problemas e dificuldades da vida, não se deixou abater. Mulher de fé, seguidora de Jesus Cristo, exemplo de amor a Deus e ao próximo.
Neste tempo, nosso Santuário se torna pequeno no tamanho e imenso no coração para acolher os santarritenses e milhares de romeiros. Dentro da Igreja, entre os quadros que retratam a vida de Santa Rita, um é de extraordinária beleza espiritual: aquele em que se vê Santa Rita irrigando um galho seco.
Após a morte do marido e dos filhos, Santa Rita entrou para o convento. Nessa ocasião, pediram que ela regasse um ramo seco, sem vida, em sinal de obediência. Com humildade e perseverança, Santa Rita realizou o que lhe fora pedido. Depois de um tempo, o madeiro seco brotou. Era uma parreira que passou a produzir frutos.
Esse quadro nos faz lembrar do que Jesus diz no Evangelho de São João: “Eu sou a videira, meu Pai é o agricultor e vós sois os ramos. Permanecei em meu amor, para produzirdes fruto. Pois sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,1-11).
Muitas situações da vida são como um madeiro seco, morto e sem esperança. Diante do mundo tão seco como o nosso, o que fazer? Desesperar? Cruzar os braços? Queimar tudo? A quem recorrer? Santa Rita sabia que “para Deus nada é impossível” (Lc 1,37; Mt 19,26). Sua vida frutificou quando as securas foram irrigadas. A fé nos faz irrigar a vida com a Palavra de Deus, a fonte de água viva. O que era morto passa a viver, a secura se transforma em jardim, uma vida nova brota com força e os frutos aparecem.
Seguindo o exemplo de Santa Rita, sejamos fiéis na missão de irrigar a terra, unidos a Cristo para produzirmos fruto. Confiantes e sem medo, coloquemos mãos à obra, certos de que “os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria, chorando de tristeza sairão espalhando suas sementes, cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes” (Sl 125,5-6).